A Associação Brasileira dos Advogados do Povo – Gabriel Pimenta (ABRAPO) convoca todas e todos os lutadores do povo, organizações populares, sindicatos, coletivos e movimentos democráticos a se somarem ao Ato Nacional “Parem o Genocídio Contra o Povo Pobre do Brasil!”, que será realizado nesta terça-feira, 22 de outubro, às 18h, na Faculdade de Direito da USP – Largo São Francisco, Sé, São Paulo (SP).
A ABRAPO compõe a comissão organizadora do ato e terá a participação do presidente Felipe Nicolau na mesa de abertura, representando a advocacia popular e o compromisso da entidade com a defesa da vida e dos direitos do povo pobre e trabalhador.
O ato é uma resposta ao crescimento da violência de Estado em todo o país, que se expressa nas mortes provocadas por agentes policiais nas cidades e no campo.
Em estados como São Paulo e Minas Gerais, esse quadro se torna ainda mais evidente, com altas recordes de letalidade policial sob os governos de Tarcísio de Freitas e Romeu Zema — exemplos de uma política de segurança baseada na repressão e no confronto.
Em São Paulo, o atual secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, ex-integrante da ROTA afastado por “matar demais”, simboliza a continuidade de uma política de extermínio dirigida aos pobres e periféricos.
Segundo o Atlas da Violência, 77% das vítimas de homicídio no Brasil são pessoas negras e pobres, revelando o caráter seletivo e de classe dessa violência.
O estudo Mapas da (In)Justiça mostrou que nenhum policial foi responsabilizado por abordagens letais em São Paulo entre 2018 e 2024, em uma amostra de 859 procedimentos criminais, sendo que 62% das vítimas eram das periferias.
No campo, o mesmo Estado que mata nas favelas reprime e assassina camponeses e trabalhadores rurais, como no Massacre de Corumbiara (1995), em Rondônia, quando 11 camponeses foram executados por policiais militares.
Casos como o Massacre do Carandiru (1992), em que 111 presos foram mortos e todos os condenados acabaram absolvidos, permanecem como símbolos da impunidade estatal e da continuidade da política de extermínio contra o povo pobre.
A ABRAPO reafirma seu compromisso com a luta popular e a resistência ao genocídio em curso, convocando todas as forças democráticas e populares a se unirem neste ato nacional para denunciar a barbárie e exigir punição aos assassinos do povo e fim da violência de Estado.
Parem o genocídio contra o povo pobre!
Chega de impunidade e repressão!
Viva a luta popular!