No dia 24 de dezembro de 2005, João Carlos Gimenez Brites assassinou o indígena Kaiowá Dorvalino Rocha. Por conta desse fato, o júri popular organizado pela Justiça Federal do Brasil decretou a condenação de João Carlos à prisão fechada por 16 anos, assim como que o assassino pague pensão mensal aos filhos de Dorvalino Rocha como forma de reparação.
O motivo do crime: João Carlos confessou que trabalhava na coordenação de vigias do patrimônio privado das fazendas Fronteira, Cedro e Morro Alto e se sentiu ameaçado pela retomada Guarani Kaiowá que estava ocupando o território tradicional indígena, Tekoha ÑandeRu Marangatu (no município de Antônio João-MS) e então por meio de emboscada assassinou Dorvalino com 2 tiros fatais.
A sentença de primeiro grau foi proferida após o Tribunal do Júri que ocorreu nos dias 27 e 28 de novembro. Nestes dias o povo da comunidade indígena ÑandeRu Marangatu esteve presente no Fórum da Justiça Federal de Presidente Prudente-SP para acompanhar o processo.
Atuaram como assistentes de acusação Caroline Hilgert e Michael Mary Nolan. Atuaram como procuradores da República Tito Lívio Seabra, Fabrício Carrer e Ricardo Pael Ardenghi.
Fontes:
Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul https://www.mpf.mp.br/ms/sala-de-imprensa/noticias-ms/juri-federal-condena-responsavel-pela-morte-de-indigena-no-mato-grosso-do-sul-a-16-anos-de-prisao/view
Conselho Indígenista Missionário https://cimi.org.br/2023/12/em-julgamento-historico-assassino-de-dorvalino-rocha-lideranca-guarani-e-kaiowa-e-condenado-a-16-anos-de-prisao/